quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

CONSTRUCTORES DE PAZ

Venced el odio con amor
la mentira con la verdad,
la violencia con el sufrimiento.
La paz va de la mano de la verdad y del amor.
La verdad es el objetivo;
el amor es el medio para llegar a ella.
M. GANDHI
Feliz 2009 com muita PAZ e AMOR...

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

A ESTRELA DO NATAL

É, noite de Inverno,
Mas límpida e pura;
No céu transparente
Reluz uma Estrela
De estranho fulgor...
E os homens caminham,
Guiados por ela
Buscando o Senhor !
(...)
A Estrela avançando,
No céu transparente,
Detém-se na gruta,
Marcando o lugar...
No pobre Presépio,
Menino inocente,
Jesus pobrezinho
que vão adorar !
Ó Mago, ó sábios,
Ó grandes da Terra !
Ó tristes, ó pobres,
Ó rudes Pastores!
A Estrela é eterna,
Erguei vossos olhos
− Do Mundo mesquinho,
Tão cheio de abrolhos −
Aos seus esplendores !
A Estrela é eterna,
E guia-nos, pura,
Na senda infinita,
Com luz sem igual !
Olhai essa Estrela,
De paz e doçura...
Que a estrela é a mesma,
Em cada Natal !

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

María

¿Quién será la mujer que a tantos inspiró poemas bellos de amor?,
le rinden honor la música y la luz, el mármol, la palabra y el color.
¿Quién será la mujer que el rey y el labrador invocan en su dolor?,
el sabio, el ignorante, el pobre y el señor, el santo al igual que el pecador.
María es esa mujer que desde siempre el Señor se preparó,
para nacer como una flor en el jardín que a Dios enamoró.

sábado, 22 de novembro de 2008

Abraço

De repente me deu vontade de um abraço...
Uma vontade de entrelaço,
de proximidade...
de amizade, sei lá...
Talvez um aconchego,
que enfatize a vida e amenize as dores,
Deu vontade de poder rever saudade
de um abraço.
Só sei que me deu
vontade desse abraço.
Vinicius de Moraes

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Obrigada, Senhor!

Hoje,
consegui escutar-Te.
Senti-Te tão perto, tão vivo...
que quero agradecer a
Tua presença.
Obrigada, meu Deus.

domingo, 9 de novembro de 2008

O amor e a amizade

Perguntei a um sábio, a diferença que havia entre amor e amizade, ele me disse essa verdade...
O Amor é mais sensível, a Amizade mais segura.
O Amor nos dá asas, a Amizade o chão.
No Amor há mais carinho, na Amizade compreensão.
O Amor é plantado e com carinho cultivado,
a Amizade vem faceira, e com troca de alegria e tristeza,
torna-se uma grande e querida companheira.
Mas quando o Amor é sincero ele vem com grandes amigos,
e quando a Amizade é concreta,
ela é cheia de amor e carinho.
(desc. autor)
«A humildade é o começo das boas acções,
como o botão é o começo da flor».

domingo, 19 de outubro de 2008

Adivinha o quanto gosto de ti...

"Já pensei dar-te uma flor, com um bilhete,
mas não sei o que escrever,
sinto as pernas a tremer quando sorris para mim,
quando deixo de te ver...
Vem jogar comigo um jogo,
eu por ti e tu por mim.
Fecha os olhos e adivinha,
Quanto é que eu gosto de ti.
Gosto de ti desde aqui até à lua,
Gosto de ti, desde a Lua até aqui.
Gosto de ti, simplesmente porque gosto,
e é tão bom viver assim...
Ando a ver se me decido, como te vou dizer,
como te hei-de contar,
até já fiz um avião com um papel azul, mas voou da minha mão...
Vem jogar comigo um jogo,
eu por ti e tu por mim.
Fecha os olhos e adivinha,
Quanto é que eu gosto de ti.
Gosto de ti desde aqui até à lua,
Gosto de ti, desde a Lua até aqui.
Gosto de ti, simplesmente porque gosto,
e é tão bom viver assim...
Quantas vezes parei à tua porta,
quantas vezes nem olhaste para mim,
quantas vezes eu pedi que adivinhasses,
o quanto eu gosto de ti.
Gosto de ti desde aqui até à lua,
Gosto de ti, desde a Lua até aqui.
Gosto de ti, simplesmente porque gosto,
e é tão bom viver assim..."
"André Sardet"

sábado, 13 de setembro de 2008

Olá Jesus! É o Zé!

Ao meio-dia, um pobre velho entrava numa Igreja e, poucos minutos depois, saía.
Um dia, o sacristão perguntou-lhe o que vinha fazer, pois haviam objectos de valor na Igreja.
- Venho orar, respondeu o velho.
- Mas é estranho que você consiga orar tão depressa! - disse o sacristão.
- Eu não sei recitar aquelas orações compridas. Mas, diariamente, ao meio-dia eu entro nesta Igreja e só falo:"Oi, Jesus! É o Zé!" E em um minuto, já estou de saída. É só uma oraçãozinha, mas tenho certeza de que Ele me ouve.
Alguns dias depois, o Zé sofreu um acidente e foi internado num hospital.
Na enfermaria, passou a exercer uma grande influência sobre todos. Os doentes mais tristes tornaram-se alegres, e muitas pessoas arrasadas passaram a ser ouvidas.
Disse-lhe, um dia, a Irmã:
- Os outros doentes falam que foi você que mudou tudo aqui na enfermaria. Eles dizem que você está sempre tão alegre...
- É verdade, Irmã, estou sempre alegre. É por causa daquela visita que recebo todos os dias, trazendo-me felicidade.
A Irmã ficou atônita. Já notara que a cadeira encostada na cama do Zé estava sempre vazia. Ele era um velho solitário.
- Que visita? A que horas?
- Diariamente, ao meio-dia - respondeu o Zé, com brilhos nos olhos. Ele vem, fica ao pé da cama. Quando olho para Ele, sorri e diz:"Olá Zé! É o Jesus"

terça-feira, 19 de agosto de 2008

O amor

O amor fino não há-de ter "porquê" nem "para quê".
Se amo porque me amam, é obrigação, faço o que devo; se amo para que me amem, é negociação, busco o que desejo.
Pois como há-de ser o amor para ser fino?
Amo porque amo e para amar.
(Padre António Vieira)

domingo, 3 de agosto de 2008

Os Amigos

Esses estranhos que nós amamos e nos amam olhamos para eles e são sempre adolescentes, assustados e sós sem nenhum sentido prático sem grande noção da ameaça ou da renúncia que sobre a luz incide descuidados e intensos no seu exagero de temporalidade pura
Um dia acordamos tristes da sua tristeza pois o fortuito significado dos campos explica por outras palavras aquilo que tornava os olhos incomparáveis
Mas a impressão maior é a da alegria de uma maneira que nem se consegue e por isso ténue, misteriosa: talvez seja assim todo o amor
José Tolentino de Mendonça De Igual Para Igual

domingo, 27 de julho de 2008

Balada da Estrada do Sol

Sigo a estrada que me vai levar ao sol
Há sete dias que caminho sem parar
Sou uma criança com licença para sonhar
Leio histórias em sorrisos de embalar
E vou pedir ao deus do sol para me adoptar
Perfilhar-me e nunca mais me abandonar
Afinal o sol também e meu
Quero o raio que só ele me prometeu
Nesta estrada o cansaço não existe
O fim esta longe mas o corpo não desiste
Levo nos braços a guitarra para tocar
Tenho por coro a velha estrela polar
E vou pedir ao deus do sol para me adoptar
Perfilhar-me e nunca mais me abandonar
Afinal o sol também e meu
Quero o raio que só ele me prometeu
"André Sardet"

A tigela

Um frágil e velho homem foi viver com o seu filho e nora e neto de 4 anos.
As mãos do velho homem tremiam e a vista era enublada e os seus passos hesitantes.
A familia comia junta á mesa. Mas as mãos trémulas do avô e a sua pouca visão, tornavam dificil o acto de comer. As ervilhas rolavam da colher para o chão, e quando ele segurou um copo, o leite derramou na toalha da mesa.
A confusão irritou fortemente o filho:
-Nós temos que fazer alguma coisa com o meu Pai. Estou farto do leite derramado, de o ouvir comer ruidosamente, da comida caída no chão.
Assim, o casal preparou uma pequena mesa no canto da sala. Lá, o velhinho comia sozinho enquanto a restante familia desfrutava do jantar.
Desde o dia em que o avô tinha partido um ou dois pratos, a comida dele era servida numa tijela de madeira.
Quando a familia olhava de relance em direcção ao avô , percebiam nele uma lágrima por estar só. Ainda assim, as únicas palavras que o casal tinha para ele eram advertências acentuadas quando ele derrubava um garfo ou deixava cair comida.
O neto de 4 anos assistiu a tudo em silêncio.
Uma noite antes de jantar, o pai reparou que o menino estava a brincar no chão com pequenos peçados de madeira.
Ele perguntou docemente ao filho:
-Que estás tu a fazer com esses bocadinhos de madeira?
A criança docemente respondeu:
-Oh! Estou a tentar fazer uma tijela para ti e para a Mamã comerem quando eu crescer.
O menino de quatro anos de idade, sorriu e voltou ao trabalho...
"Desconheço o autor"

quarta-feira, 16 de julho de 2008

O eclipse

Hoje tenho uma história que eu considero lindissima, é a prova que não há amor impossivel, e que vale a pena todo o esforço para se viver esse amor, mesmo que ele dure só um instante. Porque Deus está nos detalhes...
Quando o Sol e a Lua se encontraram pela primeira vez, apaixonaram-se perdidamente e apartir dai começaram a viver um grande Amor.
Acontece que o Mundo ainda não existia e no dia em que Deus resolveu cria-lo, deu-lhes então o toque final... o brilho!
Ficou decidido que o Sol iluminaria o dia e que a Lua iluminaria a noite, sendo assim obrigados a viver separados.
Abateu-se sobre eles uma grande tristeza quando tomaram conhecimento que nunca mais se encontrariam.A Lua foi ficando cada vez mais amargurada, mesmo com o brilho que Deus lhe tinha dado, ela foi-se tornando solitária. O Sol por sua vez tinha ganho um titulo de nobreza "ASTRO REI", mas isso não o fez feliz.
Deus então chamou-os e explicou-lhes: - Vocês não devem ficar tristes, ambos agora possuem um brilho próprio.Tu Lua, iluminarás as noites frias e quentes, encantarás os enamorados e serás diversas vezes motivo de poesias.
Quanto a ti Sol,sustentarás esse titulo porque serás o mais importante dos astros, iluminarás a terra durante o dia,fornecerás calor para o ser humano e a tua simples presença fará as pessoas mais felizes.
A Lua entristeceu-se muito com o seu terrivel destino e chorou dias a fio...Já o Sol ao vê-la sofrer tanto, decidiu que não poderia deixar-se abater pois teria que dar-lhe forças e ajudá-la a aceitar o havia sido decidido por Deus.
No entanto a sua preocupação era tão grande que resolveu fazer um pedido a Ele:- Senhor ajude a Lua por favor,ela é mais frágil do que eu e não suportará a solidão...E Deus na sua imensa bondade criou as estrelas para fazer companhia a ela.
A Lua sempre que está muito triste, recorre ás estrelas que fazem tudo para consolá-la,mas nem sempre conseguem.Hoje eles vivem assim...separados, o Sol finge que é feliz, a Lua não consegue esconder que é triste.O Sol ainda arde de paixão pela Lua e ela ainda vive na escuridão da saudade.
Dizem que a ordem de Deus era para a Lua ser sempre cheia e luminosa, mas ela não consegue isso...porque ela é mulher... e uma mulher tem fases.Quando feliz consegue ser cheia, quando infeliz é minguante e quase é impossivel ver o seu brilho.
A Lua e o Sol seguem o seu destino,ele solitário mas forte, ela acompanhada das estrelas, mas fraca.
Acontece que Deus decidiu que nenhum Amor nesse mundo seria de todo impossivel, nem mesmo o da Lua e do Sol...e por isso criou o eclipse!
Hoje o Sol e a Lua vivem á espera desse instante, desses raros momentos que lhe foram concedidos e que custam tanto a acontecer.
De hoje em diante, quando ollhares para o céu e vires o Sol a encobrir a Lua, é porque ele deitou-se sobre ela e começaram a amar-se, e ao acto desse amor deu-se o nome de eclipse.O brilho do êxtase deles é tão grande que aconselha-se a não olhar para o céu nesse momento, pois os teus olhos poderão cegar por ver tanto amor...

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Amo

Amo como ama o amor.
Não conheço nenhuma outra razão para amar senão amar.
Que queres que te diga, além de que te amo, se o que quero dizer-te é que te amo?

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Rosa

Foi o tempo que tu perdeste com a tua rosa
que tornou a tua rosa tão importante...

terça-feira, 1 de julho de 2008

Expressões de amor

O mar abraça a terra e a terra abraça o mar… Assim passam a viva inteira:
carícias de namorado, que vai, que volta, que espera… Suave invasão passageira.
Expressões de amor, em fase de primavera. A alma sonha com o corpo, o corpo vibra na espera.

segunda-feira, 30 de junho de 2008

Praia

Na luz oscilam os múltiplos navios Caminho ao longo dos oceanos frios
As ondas desenrolam os seus braços E brancas tombam de bruços
A praia é lis e longa sob o vento Saturada de espaços e maresia
E para trás fica o murmúrio Das ondas enroladas como búzios.
Sophia de Mello Breyner
“Perdemos repentinamente
a profundidade dos campos
os enigmas singulares
a claridade que juramos
conservar
mas levamos anos
a esquecer alguém
que apenas nos olhou“
{“José Tolentino Mendonça”}

domingo, 29 de junho de 2008

A estrada branca

Atravessei contigo a minuciosa tarde
deste-me a tua mão, a vida parecia difícil de estabelecer
acima do muro alto
folhas tremiam ao invisível peso mais forte
Podia morrer por uma só dessas coisas
que trazemos sem que possam ser ditas:
astros cruzam-se numa velocidade que apavora
inamovíveis glaciares por fim se deslocam e na única forma que tem de acompanhar-te
o meu coração bate
José Tolentino Mendonça, in "A estrada branca"

mar verdesmeralda