domingo, 27 de julho de 2008

Balada da Estrada do Sol

Sigo a estrada que me vai levar ao sol
Há sete dias que caminho sem parar
Sou uma criança com licença para sonhar
Leio histórias em sorrisos de embalar
E vou pedir ao deus do sol para me adoptar
Perfilhar-me e nunca mais me abandonar
Afinal o sol também e meu
Quero o raio que só ele me prometeu
Nesta estrada o cansaço não existe
O fim esta longe mas o corpo não desiste
Levo nos braços a guitarra para tocar
Tenho por coro a velha estrela polar
E vou pedir ao deus do sol para me adoptar
Perfilhar-me e nunca mais me abandonar
Afinal o sol também e meu
Quero o raio que só ele me prometeu
"André Sardet"

A tigela

Um frágil e velho homem foi viver com o seu filho e nora e neto de 4 anos.
As mãos do velho homem tremiam e a vista era enublada e os seus passos hesitantes.
A familia comia junta á mesa. Mas as mãos trémulas do avô e a sua pouca visão, tornavam dificil o acto de comer. As ervilhas rolavam da colher para o chão, e quando ele segurou um copo, o leite derramou na toalha da mesa.
A confusão irritou fortemente o filho:
-Nós temos que fazer alguma coisa com o meu Pai. Estou farto do leite derramado, de o ouvir comer ruidosamente, da comida caída no chão.
Assim, o casal preparou uma pequena mesa no canto da sala. Lá, o velhinho comia sozinho enquanto a restante familia desfrutava do jantar.
Desde o dia em que o avô tinha partido um ou dois pratos, a comida dele era servida numa tijela de madeira.
Quando a familia olhava de relance em direcção ao avô , percebiam nele uma lágrima por estar só. Ainda assim, as únicas palavras que o casal tinha para ele eram advertências acentuadas quando ele derrubava um garfo ou deixava cair comida.
O neto de 4 anos assistiu a tudo em silêncio.
Uma noite antes de jantar, o pai reparou que o menino estava a brincar no chão com pequenos peçados de madeira.
Ele perguntou docemente ao filho:
-Que estás tu a fazer com esses bocadinhos de madeira?
A criança docemente respondeu:
-Oh! Estou a tentar fazer uma tijela para ti e para a Mamã comerem quando eu crescer.
O menino de quatro anos de idade, sorriu e voltou ao trabalho...
"Desconheço o autor"

quarta-feira, 16 de julho de 2008

O eclipse

Hoje tenho uma história que eu considero lindissima, é a prova que não há amor impossivel, e que vale a pena todo o esforço para se viver esse amor, mesmo que ele dure só um instante. Porque Deus está nos detalhes...
Quando o Sol e a Lua se encontraram pela primeira vez, apaixonaram-se perdidamente e apartir dai começaram a viver um grande Amor.
Acontece que o Mundo ainda não existia e no dia em que Deus resolveu cria-lo, deu-lhes então o toque final... o brilho!
Ficou decidido que o Sol iluminaria o dia e que a Lua iluminaria a noite, sendo assim obrigados a viver separados.
Abateu-se sobre eles uma grande tristeza quando tomaram conhecimento que nunca mais se encontrariam.A Lua foi ficando cada vez mais amargurada, mesmo com o brilho que Deus lhe tinha dado, ela foi-se tornando solitária. O Sol por sua vez tinha ganho um titulo de nobreza "ASTRO REI", mas isso não o fez feliz.
Deus então chamou-os e explicou-lhes: - Vocês não devem ficar tristes, ambos agora possuem um brilho próprio.Tu Lua, iluminarás as noites frias e quentes, encantarás os enamorados e serás diversas vezes motivo de poesias.
Quanto a ti Sol,sustentarás esse titulo porque serás o mais importante dos astros, iluminarás a terra durante o dia,fornecerás calor para o ser humano e a tua simples presença fará as pessoas mais felizes.
A Lua entristeceu-se muito com o seu terrivel destino e chorou dias a fio...Já o Sol ao vê-la sofrer tanto, decidiu que não poderia deixar-se abater pois teria que dar-lhe forças e ajudá-la a aceitar o havia sido decidido por Deus.
No entanto a sua preocupação era tão grande que resolveu fazer um pedido a Ele:- Senhor ajude a Lua por favor,ela é mais frágil do que eu e não suportará a solidão...E Deus na sua imensa bondade criou as estrelas para fazer companhia a ela.
A Lua sempre que está muito triste, recorre ás estrelas que fazem tudo para consolá-la,mas nem sempre conseguem.Hoje eles vivem assim...separados, o Sol finge que é feliz, a Lua não consegue esconder que é triste.O Sol ainda arde de paixão pela Lua e ela ainda vive na escuridão da saudade.
Dizem que a ordem de Deus era para a Lua ser sempre cheia e luminosa, mas ela não consegue isso...porque ela é mulher... e uma mulher tem fases.Quando feliz consegue ser cheia, quando infeliz é minguante e quase é impossivel ver o seu brilho.
A Lua e o Sol seguem o seu destino,ele solitário mas forte, ela acompanhada das estrelas, mas fraca.
Acontece que Deus decidiu que nenhum Amor nesse mundo seria de todo impossivel, nem mesmo o da Lua e do Sol...e por isso criou o eclipse!
Hoje o Sol e a Lua vivem á espera desse instante, desses raros momentos que lhe foram concedidos e que custam tanto a acontecer.
De hoje em diante, quando ollhares para o céu e vires o Sol a encobrir a Lua, é porque ele deitou-se sobre ela e começaram a amar-se, e ao acto desse amor deu-se o nome de eclipse.O brilho do êxtase deles é tão grande que aconselha-se a não olhar para o céu nesse momento, pois os teus olhos poderão cegar por ver tanto amor...

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Amo

Amo como ama o amor.
Não conheço nenhuma outra razão para amar senão amar.
Que queres que te diga, além de que te amo, se o que quero dizer-te é que te amo?

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Rosa

Foi o tempo que tu perdeste com a tua rosa
que tornou a tua rosa tão importante...

terça-feira, 1 de julho de 2008

Expressões de amor

O mar abraça a terra e a terra abraça o mar… Assim passam a viva inteira:
carícias de namorado, que vai, que volta, que espera… Suave invasão passageira.
Expressões de amor, em fase de primavera. A alma sonha com o corpo, o corpo vibra na espera.